O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da restrição luminosa no crescimento de trapoeraba (Commelina benghalensis). O experimento foi realizado em vasos, sob luz solar total e com 18,5, 30, 40, 50, 60 e 70% de tratamentos de restrição artificiais de luz. O crescimento das plantas foi avaliado até 90 dias após o plantio (DAP), e os modelos matemáticos do comprimento do maior ramo, comprimento de internódios, área foliar individual da primeira folha totalmente expandida, número de folhas, peso de massa seca da parte aérea e das raízes foram estabelecidos de acordo o aumento dos níveis de restrição de luz. A elevação do gradiente de luz promoveu reduções no número de folhas e massa seca das raízes fasciculadas. Restrição de luz não induziu a plasticidade de desempenho (alterações no acúmulo de biomassa total) das plantas de C. benghalensis, esta constância foi relacionada à integração de ajustes morfológicos, anatômicos e fisiológicos prévios, constituindo-se em um forte indício de tolerância ao sombreamento.

The purpose of this study was to evaluate the effects of light restriction on the growth of benghal dayflower (Commelina benghalensis). The experiment was conducted in pots under full sunlight and with 18.5, 30, 40, 50, 60 and 70% artificial light restriction treatments. Plant growth was evaluated up to 90 days after planting (DAP), and mathematical models of the major shoot length, internode length, individual area of the first leaf completely expanded, number of leaves and shoot and root dry mass weights were established depending on increasing light restriction levels. The elevation of the light gradient promoted reductions in the number of leaves and fasciculate root dry mass weight. Light restriction did not induce alterations in the plasticity of performance (alterations in total biomass accumulation) of the C. benghalensis plants, the stability of which was related to an integration of the expected morphological, anatomical and physiological adjustments, constituting in a strong evidence of shading tolerance.